You Have My Sword

Aos que me conhecem. Aos que não me conhecem. Aos que já ouviram falar de mim. Aos que estão se lixando pra quem eu sou. Espero que gostem do espetáculo.

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Location: Recife, Pernambuco, Brazil

Quem eu sou? Isso, nem eu sei realmente. Cada dia é uma batalha. Cada batalha uma icógnita. Viver, lutar, cair, erguer-se, dia após dia... Vitória, talvez sim, talvez não. Aprendizados, sempre.

Sunday, April 30, 2006

Novo Projeto

Numa tentativa de resgatar velhas fotografias e parte do meu passado, criei um flog: http://www.flogs.com.br/herenvarno
Quem tiver qualquer foto minha pode enviar pro meu e-mail pra eu registrar.

Saturday, April 22, 2006

Música da semana

Nothing To Say
Angra
Composição: André Matos, Kiko Loureiro e Ricardo Confessori


Long ago, the same sky above;
"It's lonesome when the sun goes down"
A day had come when we were like one:
- Weapons up, never surrender!

Oh, I saw the gleams of gold
We'd kill and die conquering a virgin world
The hold corrupted by the honour

Living forevermore, leaving today
Back to my place, I've got
Nothing to say!

Guilt and shame, it's all so insane
Pagan gods die with no defence
And we could go no further at all
Digging the graves of our conscience

Oh, the sounds, they still echoe
All of us drifting on seas of blood
The hope hidden behind the horror

Living forevermore, leaving today
Back from this land, I've got
Nothing to say!
Living forevermore, leaving today;
For all what remains I've got
Nothing to say!

Oh, how many years have gone
Every morning I bare myself from love
The love rising up from the sorrow

Living forevermore, leaving today
For all what remains I've got
Nothing to say!

Living forevermore - Nothing to say!
Back to my place, I've got...
Living forevermore - Nothing to say!
For all what remains, I've got
Nothing to say!

Mais um feriado

Parece que nesse ano teremos overdose de feriados. Só neste espaço de um mês teremos três. O ruim é passar fariado sem grana. Mas todos devemos arcar com nossas ações.
Enquanto isso, estou aproveitando meu tempo "livre" pra ler 'O Nome da Rosa', de Umberto Eco.
O livro é perfeito: uma fiel representação da Europa na Baixa Idade Média. Cheio de intrigas e mistérios, pecados e mentiras, falsos beatos e monstros de bom coração.
Recomendo a leitura.

Thursday, April 13, 2006

Quinta-feira, véspera de Sexta da Paixão

Dia de inferno astral. Mais uma vez chego em casa e nem sinal do povo: viajaram para uma praia e nem sequer me chamaram (não que eu fosse aceitar, mas acho que um pouco de consideração ajuda). Não compraram água mineral e ainda por cima tive que recolher toda a roupa pra não cair no terraço molhado.
Em contrapartida, eu resolvi fazer algo que nunca experimentara antes: abri uma garrafa de vinho branco e tomei toda. Resultado: fiquei de porre, ouvindo música alta, simplesmente querendo companhia e sem ter. Me lamentando por uma vida miserável e por resquícios deum passado perdido. Chorando e cantando. Cantando e chorando. O repertório?! O mais variado possível: de Engenheiros do Hawaii a Evanescense; de Scorpions a Blind Guardian; de Angra a Ira!; mas sempre deixando espaço para Stairway to Heaven do Led Zeppelin.
Pós-resultado: vomitei feito um condenado. Não tive ressaca. Não vejo a graça que o povo sente em estar bêbado. Nunca havia chegado a esse ponto antes - e não acredito que irei chegar novamente.
Espero que o restante desse feriado seja melhor. O último (o carnaval) já foi uma perda total.

Tuesday, April 11, 2006

"V" for Vendeta

Sim, eu fui ao cinema. Sim, eu assisti a esse filme. E valeu cada centavo investido. A caracterização está ótima, bem como a fotografia, as coreografias de luta e todo o enfoque psicológico que os responsáveis pela obra cinematográfica se propuseram a oferecer.

Saturday, April 08, 2006

CRÔNICA DE UM CORPO SEM ALMA (OU QUASE)

Extraído de um devaneio reflexivo na busca da própria verdade existencial
Minha vida é um caos constante. Não como as outras pessoas que vivem num caos universal, equilibrado pelas energias da ordem primordial. Eu não possuo ponto de equilíbrio - não mais.
Há cinco anos eu passei por um momento transitório muito intenso. Estava responsável pelo envio dos restos mortais da minha mãe para o sul; havia terminado um relacionamento no qual eu estava muito apegado à pessoa; estava trabalhando e me preparando para começar um curso novo na Universidade.
Fiz algo que nunca havia imginado se possível: entrei em confronto comigo mesmo, em sonho. O campo de batalha escolhido foi o Reino do Sonhar, domínio de Morfeu. Foi uma luta árdua, quase épica. Houve muita destruição ao redor. Era como se duas forças primais tivessem colidido como todo o ímpeto.
De um lado, meu eu racional, equilibrado, centrado. Do outro, meu eu impulsivo, destrutivo, caótico. Um dos dois perdeu, e como "castigo", ficou confinado à prisão no mundo onírico.
Mas qual lado venceu? Nenhum! Alterei todo o status quo da minha existência àquela noite. Tal como a batalha entre Baal e Zebub, os dois se fundiram numa única entidade, mas não completa. No processo, parte das duas essências foram separadas. Sem esse "complemento", o domínio yin-yang foi perturbado.
Gradualmente fui perdendo elementos da minha personalidade, e buscando cada vez mais nas coisas mundanas uma razão para continuar existindo para continuar vivendo.
"Cogito, ergo sum" disse Descartes. Mas não posso dizer que o que tenho é uma vida. muitas coisas de antigamente foram perdidas, talvez para nunca serem encontradas.
Há alguns meses, eu tentei o suicídio: tomei diversos comprimidos tranquilizantes. Sem perceber, entrei mais uma vez no mundo dos sonhos, o qual eu havia lacrado anos antes, após a Grande Batalha.
O munod foi reconstruido. Seu senhor não estava lá para me receber, mas havia alguém (ou algo) me esperando. Na tentativa de tirar a minha vida acabei encontrado uma resposta das milhares de perguntas que não paravam de grita à minha mente.
Quando retornei ao mundo mortal, eu estava sorvendo um concentrado de cafeína preparado pela minha ex-esposa. Quase seis meses depois eu estava sem perspectiva de vida: mas voltara a sonhar.
Foi então que lembrei da época na qual minhas convicções e anseios haviam se transformado em cogitações e "sonhos" intangíveis. Foi nesse momento que eu percebi que deveria buscar o que eu havia expulso em uma época distante. Foi então que compreendi a merda que eu havia feito.
Eu sempre tive "facilidade" para fazer as coisas acontecerem. Uns chamam de mediunidade, outros de magia, e há aqueles que consideram um poder das trevas. Eu chamo de habilidades especiais. Esse poder também desapareceu. Minhas capacidades acima da média humana deixaram de existir.
A batalha consumiu mais de mim do que pude enxergar, mais do que pude sentir. Eu estava mais humano do que nunca - e qual o problema disso? Nenhum, exceto pela contínua degeneração da minha identidade. Estive cada dia com menos idéia do meu futuro; cada dia sem entender o que havia acontecido e como havia acontecido. O passado era apenas uma névoa nas minhas lembranças, e o futuro uma icógnita.
Foi então que comecei a apresentar os sintomas de depressão. A vida era vazia. o que eu fazia não possuia valor para mim. Tudo o que eu tentava acabava fracassando.
Acredito que só cheguei a durar esses anos por conta do apoio dos amigos que conviviam comigo nessa época, e da minha ex-esposa.
Casando de tudo, mas agora com um fio de esperança tecido pela revelação do meu passado, procurei esse pedaço de mim que faltava. Mais uma vez, não sem grande esforço, fui ao mundo onírico. Fui buscar os fragmentos perdidos do meu eu. Mais uma vez eu fracassei. Quando lá cheguei, percebi que aquelas partes da minha essência já não estavam mais naquele plano. Estão perdidos em algum outro ponto desta complexa rede de mundos e planos paralelos chamados de Existência.
Somente eu posso encontrar o que eu perdi, e o que está perdido pode estar em qualquer lugar. Mas ainda há esperança. Sem compreender como ou porquê, uma vontade de compleição da minha vida me impele a continuar a jornada. Me lembro de alguns aspectos intrigantes das minha capacidades. Através dessas particularidades está a chave para realizar a busca.
Eu posso dizer que estou melhor que a seis meses atrás. Mas também não posso dizer que estou em minha plena forma. Quero poder voltar ao que eu era, mas com a certeza de que nunca mais serei o mesmo de antes. O Universo está em constante transformação, e como faço parte dele, ainda que em fragmentos, eu também estou em constante mudança.
Sei que a busca pelo que fui, pelo que me pertenceu, será árdua, difícil, talvez até mortal. Mas também sei que se não for nesta jornada eu viverei em eterna dissonância, num total desconforto e numa agonia degenerativa sem precedentes.
Eu sinto que um pouco do que eu podia fazer ainda permanece dentro de mim. Eu também sinto quando algo tenta se revelar para mim. É mais que um arrepio na espinha: é como uma descarga no que sobrou da minha alma.
Contudo uma outra questão surge: como estarão os fragmentos da minha essência? Afinal de contas, eles também se transformaram junto com o Universo. E como procederei quando encontrá-los? Ainda não sei o que fazer em caso de uma rejeição ao retorno. Só sei que não posso permitir que as partes do meu eu estejam dispersas enquanto meu corpo e mente desvanecem em conflito pela ausência.
Doido, místico, aluado, idiota. Posso ser tudo isso! Mas eu sei que sou muito mais que isso! Sei que possuo coragem, honra, justiça, virtude, sabedoria, lealdade, serenidade, devoção e piedade. Sei que no universo existe mais do que aquilo que podemos medir e observar. Sei que o intangível, o sobrenatural, o supernatural, a chama primordial do Universo, o caos e a ordem, e muitos outros elementos trabalham em constante avidez e progressão. A ordem no Universo deve ser restaurada, nem que eu me consuma no processo. Nem que para isso, minha memória, a memória de tudo o que fui, ou do que poderia vir a ser, seja o combustível desse processo de reconstrução. Se com minha vida ou morte eu puder fazê-lo, eu o farei. "You have my sword..."

Tuesday, April 04, 2006

Música da Semana

Atenção, tire as crianças e os de coração fraco frente do monitor. Jesus of Suburbia é uma das músicas mais pesadas que eu já vi. O clipe representa bem o clima. Sem mais delongas:

Jesus Of Suburbia
Green Day
Composição: Billie Joe Armstrong, Mike Dirt e Tre Cool

[Part I: Jesus of Suburbia]
I'm the son of rage and love
The Jesus of suburbia
From the bible of none of the above
On a steady diet of

Soda pop and Ritalin
No one ever died for my sins in hell
As far as I can tell
At least the ones I got away with

But there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In the land of make believe
That don't believe in me

Get my television fix
sitting on my crucifix
A living room on my private womb
While the mom's & brads are away

To fall in love and fall in debit
To alcohol and cigarettes
And mary jane
To keep me insane and
Doing someone else's cocaine

But there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In the land of make believe
That don't believe in me

[Part II: City Of The Damned]
At the center of the Earth
In the parking lot
Of the 7-11 were I was taught
The motto was just a lie
It says "home is where your heart is"
But what a shame
Cause everyone's heart
Doesn't beat the same
It's beating out of time

City of the dead
At the end of another lost highway
Signs misleading to nowhere
City of the damned
Lost children with dirty faces today
No one really seems to care

I read the graffiti
In the bathroom stall
Like the holy scriptures in a shopping mall
And so it seemed to confess
It didn't say much
But it only confirmed that
The center of the earth
Is the end of the world
And I could really careless

City of the dead
At the end of another lost highway
Signs misleading to nowherecity of the damned
Lost children with dirty faces today
No one really seems to care

[Part III: I Don't Care]
I don't care if you don't
I don't care if you don't
I don't care if you don't care

I don't care if you don't
I don't care if you don't
I don't care if you don't care

I don't care if you don't
I don't care if you don't
I don't care if you don't care

I don't care if you don't
I don't care if you don't
I don't care if you don't care

I don't care

Everyone's so full of shit
Born and raised by hypocrits
Hearts recycled but never saved
From the cradle to the grave
We are the kids of war and peace
From Anaheim to the Middle East
We are the stories and disciples of
The Jesus of suburbia

Land of make believe
And it don't believe in me
Land of make believe
And I don't believe
And I don't care!
I don't care!
I don't care!
I don't care!
I don't care!

[Part IV: Dearly Beloved]
Dearly beloved are you listening?
I can't remember a word that you were saying
Are we demented or am I disturbed?
The space that's in between insane and insecure

Oh therapy, can you please fill the void?
Am I retarded or am I just overjoyed?
Nobody's perfect and I stand accused
For lack of a better word, and that's my best excuse

[Part V: Tales Of Another Broken Home]
To live and not to breathe
Is to die in tragedy
To run, to run away
To find what you believe

And I leave behind
This hurricane of fucking lies
I lost my faith to this
This town that don't exist

So I run
I run away

To the light of masochists
And I leave behind
This hurricane of fucking lies
And I walked this line
A million and one fucking times
But not this time

I don't feel any shame
I won't apologize
When there ain't no where you can go

Running away from pain
When you've been victimized
Tales from another broken... home

You're leaving!
You're leaving!
You're leaving!
You're leaving home!